terça-feira, agosto 31, 2010
Dia do Nutricionista
segunda-feira, agosto 30, 2010
IBGE: Avaliação do estado nutricional dos escolares do 9º ano do ensino fundamental Municípios das Capitais e Distrito Federal
Com este lançamento, o IBGE divulga os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, realizada, em 2009, junto aos estudantes do 9º ano (8ª série) do ensino fundamental nos Municípios das Capitais e no Distrito Federal, a partir de convênio celebrado com o Ministério da Saúde. A pesquisa, efetuada em consonância com as normas e diretrizes utilizadas em âmbitos internacional e nacional para levantamentos envolvendo sujeitos humanos, em particular, adolescentes, teve por objetivo conhecer e dimensionar os diversos fatores de risco e de proteção à saúde desse grupo, utilizando como referência para seleção da amostra o cadastro das escolas públicas e privadas listadas no Censo Escolar 2007, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP, do Ministério da Educação
Dando prosseguimento à divulgação das informações dessa pesquisa, iniciada com um perfil da situação dos escolares no que diz respeito à prevalência dos fatores de risco e de proteção à saúde, em especial aqueles relacionados às doenças crônicas e não transmissíveis, esta segunda publicação traz uma avaliação do estado nutricional desse grupo, com base no Índice de Massa Corporal – IMC. Além das medidas antropométricas, foram consideradas, também, nesta avaliação a percepção e as atitudes desses adolescentes em relação ao peso corpóreo como possíveis fatores de risco e de proteção à saúde.
Nesta publicação, são apresentados os procedimentos metodológicos que nortearam a elaboração do levantamento, destacando-se os critérios relacionados à delimitação da população-alvo, ao plano de amostragem e aos aspectos técnicos e éticos envolvidos na coleta dos dados, um conjunto de tabelas de resultados e comentários sobre o tema. A publicação contém, ainda, um glossário com os termos e conceitos considerados essenciais para a compreensão dos resultados.
A realização da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar amplia sobremaneira o conhecimento acerca das características de saúde da população adolescente brasileira, subsidiando, desta forma, as instâncias executivas e legislativas, os conselhos de saúde e os demais agentes relacionados ao setor com informações confiáveis para a orientação e a avaliação das políticas de saúde destinadas a esse importante contingente populacional.
As informações ora divulgadas também estão disponíveis no portal do IBGE na Internet e no CD-ROM que acompanha a publicação.
Fonte: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/pense_avaliacao_nutricional_2009/default.shtm
IBEG-PeNSE 2009: 23,2% dos estudantes pesquisados estão acima do peso adequado
A Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE) mediu o peso e a altura de quase 60 mil adolescentes da 9ª série, em todas as capitais brasileiras, e investigou suas percepções sobre o próprio estado nutricional. Entre as informações coletadas, a pesquisa constatou que 35,8% das estudantes que se achavam muito gordas estavam, na verdade, dentro do peso adequado. Do mesmo modo, 51,5% das adolescentes entrevistadas que informaram ter tentado emagrecer estavam dentro do peso normal. Por outro lado, quase 90% dos adolescentes que tentaram ganhar peso estavam no estado nutricional adequado.
Em 2009, a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) avaliou o estado nutricional dos escolares que estavam freqüentando o 9º ano do ensino fundamental nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. O principal problema nutricional verificado pela PeNSE foi o excesso de peso, que compreende o sobrepeso (peso acima do recomendado pela OMS) e a obesidade (excesso de peso crônico, segundo a OMS). Os escolares da rede privada tinham as maiores prevalências de obesidade. Na média das capitais, o percentual de obesos foi de 7,2%, e as maiores freqüências foram em Porto Alegre (10,5%), Rio de Janeiro (8,9%) e Campo Grande (8,9%).
7,2% dos escolares que participaram da PeNSE estavam obesos
Dos 60.973 estudantes que participaram da PeNSE, 58.971 tiveram peso e altura registrados. O déficit de peso foi observado em 2,9% da amostra, o sobrepeso atingiu 16,0% e a obesidade, 7,2% (totalizando 23,2% com excesso de peso). A maior parte dos escolares (74,0%) estava dentro do peso considerado adequado.
As maiores freqüências de escolares com sobrepeso foram em Porto Alegre (20,1%) e Rio de Janeiro (18,3%) e a menor, em Palmas (10,9%). O sobrepeso é mais freqüente entre estudantes das escolas privadas.
No que tange a adequação do peso para a idade e sexo, a prevalência variou entre 68,3%, em Porto Alegre, e 82,1%, em Palmas. As menores prevalências de escolares com estado nutricional normal, tanto para o sexo masculino quanto para o feminino, foram encontradas em Porto Alegre, com respectivamente 66,0% e 70,5%.
O percentual de escolares abaixo do peso adequado variou entre 1,1% em Porto Alegre e 4,4% em Salvador. As maiores prevalências foram para os escolares do sexo masculino: 3,6%, e 2,2% para o sexo feminino.
35,8% das adolescentes que se achavam muito gordas estavam no peso adequado
Um elemento importante no monitoramento dos fatores de risco à saúde dos adolescentes é a concordância da imagem corporal com o estado nutricional (indicado por suas medidas antropométricas) e as atitudes em relação ao peso tomadas pelos adolescentes (tabela 2).
O objetivo foi investigar a distância entre realidade objetiva e percepção subjetiva. Dentre os estudantes do sexo masculino que se perceberam muito magros, 3,5% foram classificados no estado nutricional sobrepeso. As proporções de escolares do sexo feminino que se percebem dentro do peso normal e estavam com excesso de peso1 (15,9%) foram menores que as dos indivíduos masculinos (19,5%).
Já entre os escolares cuja autopercepção da imagem corporal era normal, 16,2 % (sexo masculino) e 14,3%, (sexo feminino) estavam com sobrepeso. Ressalte-se ainda que 35,8% dos escolares do sexo feminino que se declararam como muito gordas estavam dentro do peso adequado, enquanto 21,5% dos indivíduos do sexo masculino enquadravam-se na mesma situação.
Quase 90% dos adolescentes que tentaram ganhar peso estavam dentro do estado nutricional adequado
A pesquisa também investigou se os escolares tomavam alguma atitude para perder, manter ou ganhar peso. Dentre os escolares do sexo masculino que nada fizeram em relação ao seu peso 14,4% estavam com excesso de peso, contra 12,0% para as estudantes na mesma situação. Entre as escolares do sexo feminino que tomaram alguma atitude para perder peso, 51,5% estavam no estado nutricional adequado, enquanto 29,8% dos escolares do sexo masculino estavam na mesma situação (Tabela 3).
A mesma tabela mostra que 88,2% dos estudantes do sexo masculino e 89,5% das estudantes que tentaram ganhar peso estavam eutróficos, isto é, dentro do estado nutricional adequado.
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1 Excesso de peso resultada soma dos percentuais dos estados nutricionais sobrepeso e obesidade.
Fonte: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1699&id_pagina=1
IBGE - desnutrição cai e peso das crianças brasileiras ultrapassa padrão internacional
O peso dos brasileiros vem aumentando nos últimos anos. Em 2009, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos estava acima do peso recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Já o déficit de altura (importante indicador de desnutrição) caiu de 29,3% (1974-75) em para 7,2% (2008-09) entre meninos e de 26,7% para 6,3% nas meninas, mas se sobressaiu no meio rural da região Norte: 16% dos meninos e 13,5% das meninas. A parcela dos meninos e rapazes de 10 a 19 anos de idade com excesso de peso passou de 3,7% (1974-75) para 21,7% (2008-09), já entre as meninas e moças o crescimento do excesso de peso foi de 7,6% para 19,4%. Também o excesso de peso em homens adultos saltou de 18,5% para 50,1% e ultrapassou, em 2008-09, o das mulheres, que foi de 28,7% para 48%. Nesse panorama, destaca-se a Região Sul (56,8% de homens, 51,6% de mulheres), que também apresenta os maiores percentuais de obesidade: 15,9% e homens e 19,6% de mulheres. O excesso de peso foi mais evidente nos homens com maior rendimento (61,8%) e variou pouco para as mulheres (45-49%) em todas as faixas de renda. Os resultados são da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde. A pesquisa também traz informações sobre as crianças com menos de cinco anos: o déficit de altura foi de 6% no país, sendo mais expressivo em meninas no primeiro ano de vida (9,4%), crianças da região Norte (8,5%) e na faixa mais baixa de rendimentos (8,2%).
O excesso de peso e a obesidade são encontrados com grande frequência, a partir de 5 anos de idade, em todos os grupos de renda e em todas as regiões brasileiras. Já o déficit de altura nos primeiros anos de vida (um importante indicador da desnutrição infantil) está concentrado em famílias com menor renda e, do ponto de vista geográfico, na região Norte. Esses são alguns dos resultados da seção de Antropometria e Estado Nutricional da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, realizada em parceria entre o IBGE e o Ministério da Saúde, que entrevistou e tomou medidas de peso e altura de pessoas em 55.970 domicílios em todos os estados e no Distrito Federal. Foram analisados os dados de mais de 188 mil pessoas de todas as idades. Os resultados foram comparados com as pesquisas de 1974-75 (Estudo Nacional da Despesa Familiar – ENDEF), 1989 (Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição – PNSN), 2002-03 (Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF) para obtenção da tendência secular das variações de altura e peso da população.
Em 2008, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos tinha excesso de peso
Em 2008, o excesso de peso atingia 33,5% das crianças de cinco a nove anos, sendo que 16,6% do total de meninos também eram obesos; entre as meninas, a obesidade apareceu em 11,8%. O excesso de peso foi maior na área urbana do que na rural: 37,5% e 23,9% para meninos e 33,9% e 24,6% para meninas, respectivamente. O Sudeste se destacou, com 40,3% dos meninos e 38% das meninas com sobrepeso nessa faixa etária.
A POF revelou um salto no número de crianças de 5 a 9 anos com excesso de peso ao longo de 34 anos: em 2008-09, 34,8% dos meninos estavam com o peso acima da faixa considerada saudável pela OMS. Em 1989, este índice era de 15%, contra 10,9% em 1974-75. Observou-se padrão semelhante nas meninas, que de 8,6% na década de 70 foram para 11,9% no final dos anos 80 e chegaram aos 32% em 2008-09.
Gráfico 1 – Evolução de indicadores antropométricos na população de 5 a 9 anos de idade, por sexo – Brasil – períodos 1974-75, 1989 e 2008-2009
A Região Centro-Oeste foi a que teve a maior variação de meninos com excesso de peso em dez anos, de 13,8% em 1989 para 37,9% em 2008-09. Para meninas no mesmo período, o crescimento foi maior na Região Sudeste: de 15% para 37,9%. Essa região se destacou também por ter mais de um quinto de uma população infantil obesa em 2008-09: 20,6% dos meninos. Os menores índices de obesidade em crianças de 5 a 9 anos estavam no Norte para meninos (11,4%) e no Nordeste para meninas (8,9%).
A pesquisa mostra, ainda, que, desde 1989, entre os meninos de 5 a 9 anos de idade nas famílias dos 20% da população com menor renda, houve um forte crescimento daqueles com excesso de peso, passando de 8,9% para 26,5%. Na faixa de maior rendimento, o aumento notado foi de 25,8% para 46,2% no mesmo período. A obesidade, que atingia 6% dos meninos das famílias de maior renda em 1974-75 e 10% em 1989, foi registrada em 23,6% deles em 2008-09.
Déficit de peso e de altura das crianças de 5 a 9 anos de idade em queda
Por outro lado, o déficit de peso em 2008-2009 entre as crianças de 5 a 9 anos foi baixo em todas as regiões, oscilando ao redor da média nacional (4%), e o déficit de altura diminuía com o aumento da renda: nos domicílios de menor renda, chegava a 11% para meninos e 9,6% para meninas, contra 3,3% e 2,1%, respectivamente, nos domicílios de maior renda. Esses resultados são coerentes com a progressiva queda da desnutrição infantil observada pela POF.
Em 2008-09, o déficit de altura atingia 6,8% das crianças entre cinco e nove anos, sendo ligeiramente maior em meninos (7,2%) que em meninas (6,3%) e tendendo a diminuir com o avanço da idade. Era maior no Norte (12,2% dos meninos e 10,3% das meninas) e menor no Sul (4,7% e 4,0%, respectivamente). Já o déficit de peso estava presente entre 4,1% das crianças, com pouca variação entre os sexos. Esta distribuição, semelhante à verificada entre as crianças menores de cinco anos, mostra a manutenção do padrão regional de desnutrição infantil nas duas metades da década de 2000.
Ao contrário do observado entre as crianças menores de cinco anos, o déficit de altura tendeu a ser maior no meio rural que no urbano, com destaque negativo no Norte: 16,0% dos meninos e 13,5% das meninas de 5 a 9 anos na região apresentavam déficit de altura (no meio urbano, eram respectivamente de 10,5% e 8,8%). A desigualdade urbano-rural entre as crianças de cinco a nove anos, mas não na faixa de idade anterior, sugere redução das desigualdades sociais na desnutrição infantil entre a primeira e a segunda metades desta década.
A medida de altura é um dos fatores que ajudam a detectar a desnutrição infantil. Os déficits de altura revelam atraso no crescimento linear da criança ocorrido em algum momento, que pode ser desde a gestação, com prevalência nos dois primeiros anos de vida. Portanto, o déficit de altura na faixa etária entre cinco e nove anos na POF 2008-2009 reflete a desnutrição infantil na primeira metade da década de 2000. Observou-se, por exemplo, uma queda expressiva dos 29,3% dos meninos de cinco a nove anos em 1974-75 para 7,2% em 2008-09. Entre as meninas, o índice caiu de 26,7% para 6,3% em 34 anos.
No Nordeste, de 1989 a 2008-09, o déficit de altura caiu de 24,5% para 7,9% em meninos e de 23,6% para 6,9% em meninas, próximo aos índices das regiões Sudeste (6,2% para meninos e 5,3% para meninas) e Centro-Oeste (6,8% para meninos e 7,4% para meninas), mostrando a redução nas desigualdades regionais no crescimento infantil. O mesmo não ocorreu na Região Norte: embora o déficit de altura tenha se reduzido, ele ainda ficou em 12,2% para meninos e 10,3% para meninas.
Crianças menores de 5 anos de idade com déficit de altura em 6%
Para as crianças com menos de cinco anos, foi elaborado um padrão nacional específico, levando em conta a influência da renda familiar sobre o crescimento infantil: a base foi a medida de altura de crianças de famílias com renda mensal maior que um salário mínimo per capita. Com essa referência, a POF estima em 6,0% o déficit de altura em crianças até 5 anos, abaixo da estimativa de 7,1% obtida em 2006-2007 em pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, com no padrão da OMS.
Segundo a POF 2008-09, o déficit de altura em menores de cinco anos atingiu de forma semelhante os meninos e meninas: 6,3% e 5,7%, respectivamente, com ênfase no primeiro ano de vida (8,4% e 9,4%, respectivamente), diminuindo para cerca de 7% no segundo ano e oscilando em torno de 4% a 6% nas idades de dois a quatro anos. Além disso, foi maior no Norte (8,5%) e menor no Sul (3,9%). Não houve grandes variações para os meios urbano e rural. A maior diferença em pontos percentuais ocorreu nos estratos de renda: existia déficit em 8,2% das crianças até cinco anos das famílias no estrato com rendimento per capita até ¼ de salário mínimo e em 3,1%, quando esses rendimentos superavam 5 salários mínimos.
Obesidade é maior entre adolescentes com mais renda
A avaliação do estado nutricional dos jovens de 10 a 19 anos considerou a relação entre IMC e idade, com referencial da OMS, revelando que 3,4% do total de adolescentes tinham déficit de peso, com pouca variação por sexo, região e situação de domicílio. A maior variação foi na faixa de renda: 4% das moças e 5,6% dos rapazes na classe de renda familiar per capita até ¼ de salário mínimo, contra de 1,7% e 1,4%, respectivamente, na classe de maior renda.
O excesso de peso, por sua vez, atingia 21,5% dos adolescentes, oscilando entre 16% e 18% no Norte e no Nordeste e entre 20% e 27% no Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Nos dois sexos, tendeu a ser mais freqüente em áreas urbanas que em rurais, em particular no Norte e Nordeste. A obesidade, que foi verificada em um quarto dos casos de excesso de peso nos dois sexos, teve distribuição geográfica semelhante.
A renda era diretamente vinculada ao excesso de peso: ocorrendo três vezes mais entre os rapazes de maior renda do que nos de menor renda (34,5% contra 11,5%); no sexo feminino, a diferença foi de 24% para 14,2%. A obesidade foi registrada em 8,2% dos jovens de maior renda e 9,2% na faixa de um a dois salários mínimos; entre as moças, variou em torno de 4% nas faixas intermediárias de renda, sendo menor nos dois extremos.
Dos 10 aos 19 anos, sobrepeso aumentou seis vezes para homens e três para mulheres em 34 anos `
O aumento de peso em adolescentes de 10 a 19 anos foi contínuo nos últimos 34 anos. Isso é mais perceptível no sexo masculino, em que o índice passou de 3,7% para 21,7%, o que representa um acréscimo de seis vezes. Já entre as jovens, as estatísticas triplicaram: de 7,6% para 19,% entre 1974-75 e 2008-09.
Quanto à obesidade, mostra-se menos intensa, mas também com tendência ascendente, indo de 0,4% para 5,9% entre meninos e rapazes e de 0,7% para 4,0% no sexo feminino.
Déficit de peso se reduz entre adolescentes
Comportamento oposto ao da obesidade, ocorre com o déficit de peso, que teve declínio nesses 34 anos, indo de 10,1% para 3,7% entre os homens e de 5,1% para 3,0% entre as mulheres.
Este quadro caracteriza a população adolescente em todas as regiões brasileiras, com destaque para a Região Sul, cuja evolução do excesso de peso passou de 4,7% para 27,2% para os adolescentes e 9,7% para 22,0% para as adolescentes.
Gráfico 2 – Evolução de indicadores antropométricos na população de 10 a 19 anos de idade, por sexo – Brasil – períodos 1974-75, 1989 e 2008-2009
Entre adultos, déficit médio de peso não caracteriza desnutrição
Entre adultos, a avaliação do estado nutricional foi feita pelo Índice de Massa Corporal (IMC). Pessoas com IMC inferior a 18,5 kg/m2 têm déficit de peso, e uma população é caracterizada como desnutrida quando 5% de seus integrantes encontram-se abaixo desse índice. Já o excesso de peso e a obesidade são definidos por IMC iguais ou superiores a 25 kg/m2 e 30 kg/m2, respectivamente.
Dos adultos, 2,7% tinham déficit de peso (1,8% dos homens e 3,6% das mulheres) – percentuais que diminuíam com o incremento de renda em ambos os sexos, sem grandes variações regionais ou por situação de domicílio (urbano e rural).
Apenas em algumas faixas de idade da população feminina esse déficit ultrapassava 5%: chegou a 8,3% entre as mulheres de 20 a 24 anos e a 5,4% entre aquelas com 75 anos ou mais. Atingia 5,5% das mulheres de domicílios rurais do Nordeste e 5,7% das de menor classe de renda.
Gráfico 3 – Evolução de indicadores na população de 20+ anos de idade, por sexo – Brasil – períodos 1974-75, 1989, 2002-2003 e 2008-2009
Metade da população adulta tinha excesso de peso
Em 2008-09 o excesso de peso, por sua vez, atingiu cerca de metade dos homens e das mulheres, excedendo em 28 vezes a frequência do déficit de peso no caso masculino e em 13 vezes no feminino. Eram obesos 12,5% dos homens (1/4 dos casos de excesso) e 16,9% das mulheres (1/3). Ambas as condições aumentavam de frequência até a faixa de 45 a 54 anos, no caso dos homens; e de 55 a 64 anos, entre as mulheres, para depois declinarem.
O excesso de peso e a obesidade atingiam duas a três vezes mais os homens de maior renda, além de se destacarem nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e nos domicílios urbanos. Nas mulheres, as duas condições se destacaram no Sul do país e nas classes intermediárias de renda.
Quantidade de obesos é quatro vezes maior entre homens a partir de 20 anos de idade
A POF também observou um aumento contínuo de excesso de peso e obesidade na população de 20 anos ou mais de 1974 para cá. O excesso de peso quase triplicou entre homens, de 18,5% em 1974-75 para 50,1% em 2008-09. Nas mulheres, o aumento foi menor: de 28,7% para 48%. Já a obesidade cresceu mais de quatro vezes entre os homens, de 2,8% para 12,4% e mais de duas vezes entre as mulheres, de 8% para 16,9%.
Isso ocorreu em todas as regiões brasileiras. No Sul, o excesso de peso masculino subiu de 23% para 56,8%. Entre as mulheres, este aumento é mais perceptível na Região Nordeste: de 19,5% para 46%. Lá, o aumento foi contínuo, enquanto que, nas outras regiões, houve interrupção no crescimento entre 1989 e 2002-2003, voltando a crescer daí até 2008-09. É o caso do Sul do país, onde o excesso de peso era de 36,6% em 1974-75, 47,3% em 1989, caiu para 44,8% em 2002-2003 e voltou a subir para 51,6% em 2008-09.
Este aumento é perceptível em todos os estratos de renda da população masculina. Entre as mulheres, o crescimento é mais acentuado entre os 20% de menor rendimento, passando de 14,6% para 45%. A obesidade passou de 2,4% para 15,1%. Entre os 20% de maior rendimento, o aumento foi de 10,8% para 16,9%, mas houve queda entre 1989 (15,4%) e 2002-2003 (13,5%).
Já o déficit de peso segue no declínio, regredindo de 8% em 1974-75 para 1,8% entre os homens e de 11,8% para 3,6% entre as mulheres, em todos os estratos de renda. Isso retrata, segundo a pesquisa, controle nos índices de desnutrição da população adulta brasileira.
Fonte: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1699&id_pagina=1
segunda-feira, agosto 23, 2010
REUNIÃO DO LACAPS
ARAPIRACA NA SBPC
Alagoas esteve presente na 62ª Reunião Anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), considerado o maior evento científico da América Latina.
Através do LACAPS (Laboratório de Cineantropometria, Atividade Física e Promoção da Saúde) vinculado á Universidade Federal de Alagoas – Campus Arapiraca sob coordenação geral do Prof. Dr. Arnaldo Tenório da Cunha Júnior em ação conjunta com as Secretarias Municipal de Saúde e Educação através do Departamento de Esportes do Município de Arapiraca-AL.
Nesse respectivo evento o LACAPS assim como a UFAL – Campus Arapiraca foram representados pelos Professores Vitor Fabiano dos Santos Silva e Jeferson Corrêa Porto, os quais apresentaram o Trabalho intitulado: ANTROPOMETRIA E A RELAÇÃO COM O RISCO DE DOENÇAS EM ESCOLARES DO SEXO MASCULINO DO MUNICÍPIO DE ARAPIRACA-AL.
Trabalho desenvolvido pelo LACAPS, pioneiro em Alagoas como também no Nordeste Brasileiro, principalmente pelo contingente de escolares avaliados.Tais ações visam avaliar variáveis antropométricas (de pontos específicos do corpo humano) de escolares, visando, a partir dos resultados obtidos, sistematizar ações com enfoque na educação para a saúde, na importância da prática desportiva respeitando as características e as necesidades individuais, com o intuito de possibilitar melhor qualidade de vida para os avaliados.
Parabéns a todos os responsáveis pelo perfeito andamento desse projeto.
Prof. Jeferson Corrêa Porto
ESTUDOS DE ARAPIRACA SÃO APRESENTADOS NA REUNIÃO DO SBPC, EM NATAL
CENTRO ADMINISTRATIVO RECEBE AÇÕES VOLTADAS PARA A SAÚDE DO SERVIDOR
EDUCAÇÃO APRESENTA RESULTADO DE PESQUISA
A Prefeitura de Arapiraca, por intermédio da Secretaria de Educação, vai apresentar, na tarde desta quinta-feira (22), os primeiros resultados de pesquisa realizada em 11 escolas da rede municipal de ensino.
O estudo foi iniciado em abril deste ano e contou com o apoio de estudantes do curso de Educação Física do campus da Universidade Federal (Ufal), com o apoio de membros do Grupo de Estudos e Pesquisa LACAPS (Laboratório de Cineantropometria, Atividade Física e Promoção da Saúde).
Estatura, massa corporal, Índice de Massa Corporal (IMC), circunferência da cintura e do quadril e composição corporal são alguns dos dados classificados pelos pesquisadores e que serão detalhados em reunião, com a presença de técnicos da Secretaria de Educação e da Saúde, tendo como local o Centro de Apoio às Escolas de Tempo Integral.
A secretária Ana Valéria adiantou que serão apresentadas propostas de intervenção e educação para a saúde, a fim de que os alunos de faixa etária compreendida entre 9 e 14 anos possam ter um melhor controle físico, funcional e nutricional, melhorando ainda mais o aprendizado dos jovens que estão em fase de crescimento e maturação.