segunda-feira, agosto 30, 2010

IBEG-PeNSE 2009: 23,2% dos estudantes pesquisados estão acima do peso adequado

A Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE) mediu o peso e a altura de quase 60 mil adolescentes da 9ª série, em todas as capitais brasileiras, e investigou suas percepções sobre o próprio estado nutricional. Entre as informações coletadas, a pesquisa constatou que 35,8% das estudantes que se achavam muito gordas estavam, na verdade, dentro do peso adequado. Do mesmo modo, 51,5% das adolescentes entrevistadas que informaram ter tentado emagrecer estavam dentro do peso normal. Por outro lado, quase 90% dos adolescentes que tentaram ganhar peso estavam no estado nutricional adequado.

Em 2009, a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) avaliou o estado nutricional dos escolares que estavam freqüentando o 9º ano do ensino fundamental nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. O principal problema nutricional verificado pela PeNSE foi o excesso de peso, que compreende o sobrepeso (peso acima do recomendado pela OMS) e a obesidade (excesso de peso crônico, segundo a OMS). Os escolares da rede privada tinham as maiores prevalências de obesidade. Na média das capitais, o percentual de obesos foi de 7,2%, e as maiores freqüências foram em Porto Alegre (10,5%), Rio de Janeiro (8,9%) e Campo Grande (8,9%).

7,2% dos escolares que participaram da PeNSE estavam obesos

Dos 60.973 estudantes que participaram da PeNSE, 58.971 tiveram peso e altura registrados. O déficit de peso foi observado em 2,9% da amostra, o sobrepeso atingiu 16,0% e a obesidade, 7,2% (totalizando 23,2% com excesso de peso). A maior parte dos escolares (74,0%) estava dentro do peso considerado adequado.

As maiores freqüências de escolares com sobrepeso foram em Porto Alegre (20,1%) e Rio de Janeiro (18,3%) e a menor, em Palmas (10,9%). O sobrepeso é mais freqüente entre estudantes das escolas privadas.

No que tange a adequação do peso para a idade e sexo, a prevalência variou entre 68,3%, em Porto Alegre, e 82,1%, em Palmas. As menores prevalências de escolares com estado nutricional normal, tanto para o sexo masculino quanto para o feminino, foram encontradas em Porto Alegre, com respectivamente 66,0% e 70,5%.

O percentual de escolares abaixo do peso adequado variou entre 1,1% em Porto Alegre e 4,4% em Salvador. As maiores prevalências foram para os escolares do sexo masculino: 3,6%, e 2,2% para o sexo feminino.

35,8% das adolescentes que se achavam muito gordas estavam no peso adequado

Um elemento importante no monitoramento dos fatores de risco à saúde dos adolescentes é a concordância da imagem corporal com o estado nutricional (indicado por suas medidas antropométricas) e as atitudes em relação ao peso tomadas pelos adolescentes (tabela 2).

O objetivo foi investigar a distância entre realidade objetiva e percepção subjetiva. Dentre os estudantes do sexo masculino que se perceberam muito magros, 3,5% foram classificados no estado nutricional sobrepeso. As proporções de escolares do sexo feminino que se percebem dentro do peso normal e estavam com excesso de peso1 (15,9%) foram menores que as dos indivíduos masculinos (19,5%).

Já entre os escolares cuja autopercepção da imagem corporal era normal, 16,2 % (sexo masculino) e 14,3%, (sexo feminino) estavam com sobrepeso. Ressalte-se ainda que 35,8% dos escolares do sexo feminino que se declararam como muito gordas estavam dentro do peso adequado, enquanto 21,5% dos indivíduos do sexo masculino enquadravam-se na mesma situação.

Quase 90% dos adolescentes que tentaram ganhar peso estavam dentro do estado nutricional adequado

A pesquisa também investigou se os escolares tomavam alguma atitude para perder, manter ou ganhar peso. Dentre os escolares do sexo masculino que nada fizeram em relação ao seu peso 14,4% estavam com excesso de peso, contra 12,0% para as estudantes na mesma situação. Entre as escolares do sexo feminino que tomaram alguma atitude para perder peso, 51,5% estavam no estado nutricional adequado, enquanto 29,8% dos escolares do sexo masculino estavam na mesma situação (Tabela 3).

A mesma tabela mostra que 88,2% dos estudantes do sexo masculino e 89,5% das estudantes que tentaram ganhar peso estavam eutróficos, isto é, dentro do estado nutricional adequado.

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1 Excesso de peso resultada soma dos percentuais dos estados nutricionais sobrepeso e obesidade.

Fonte: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1699&id_pagina=1

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