Conheço um professor de uma cidade, do século passado, um "das antigas". O Zé. Mesmo naquela época ele já era uma raridade ali. Era professor de ginástica havia anos, e durante anos trabalhou do mesmo jeito, no mesmo lugar. Ele já era um coroa, comparado com qualquer professor de academia grande. Um coroa enxuto, sarado, bronzeado... e ranzinza. Seu método era antigo e não tinha nada que estivesse na moda. Até as músicas que ele tocava nas aulas eram sempre as mesmas (ainda em discos de vinil). Mas ele tinha clientes fieis.
Em vez de uma academia como as que conhecemos hoje, o Zé tinha um galpão. Ou melhor, alugava um galpão, que era nada mais que uma sala grande com piso de tábua de madeira envernizada, com uma barra daquelas de balé e uma parede forrada com espelho, além de um banheiro masculino e outro feminino e um banco de madeira. De equipamentos, não tinha quase nada. Eram apenas duas bicicletas estacionárias antigas, manuais (não movidas a eletricidade), que alguns alunos usavam quando estavam com algum impedimento para correr. O normal era aquecer o corpo antes da aula correndo em círculos dentro do galpão.
Os materiais de aula eram os mais tradicionais: alteres de ferro (sem revestimento emborrachado), bastões de madeira, barras de ferro, colchonetes e caneleiras (que, aliás, eram as alunas que tinham de limpar no fim da aula, com Perfex e álcool).
A academia do Zé era o Zé. Não só porque levava o nome dele, mas porque ele era a única pessoa ali mesmo. Ele fazia tudo. Até a faxina. O suor que os alunos derramavam no piso de madeira era enxugado pelo próprio Zé ao final de cada aula, com um pano de chão. Para facilitar e economizar, ele morava na edícula nos fundos do galpão.
Sua academia resumia-se a sua aula. Eram cinco ou seis aulas por dia, metade de manhã e metade no fim do dia, sempre lotadas, de segunda a sexta. As turmas eram sempre as mesmas em cada horário. A primeira, às 6h30 da manhã, era frequentada por mulheres acima dos 35 anos que entravam cedo no trabalho. Mais à noite, o público era menos feminino.
Os alunos mais assíduos gostavam de malhar todos os dias. Em se tratando das aulas do Zé, isso fazia muito sentido e não tinha nada de exagero. Às segundas, quartas e sextas, o Zé dava uma aula puxada de condicionamento físico, que trabalhava todos os grupos musculares equilibradamente. Todo mundo saía ensopado, cansado e satisfeito. Às terças e quintas, a aula era mais suave, com bastante alongamento e alguns exercícios na barra de balé.
Em vez de uma academia como as que conhecemos hoje, o Zé tinha um galpão. Ou melhor, alugava um galpão, que era nada mais que uma sala grande com piso de tábua de madeira envernizada, com uma barra daquelas de balé e uma parede forrada com espelho, além de um banheiro masculino e outro feminino e um banco de madeira. De equipamentos, não tinha quase nada. Eram apenas duas bicicletas estacionárias antigas, manuais (não movidas a eletricidade), que alguns alunos usavam quando estavam com algum impedimento para correr. O normal era aquecer o corpo antes da aula correndo em círculos dentro do galpão.
Os materiais de aula eram os mais tradicionais: alteres de ferro (sem revestimento emborrachado), bastões de madeira, barras de ferro, colchonetes e caneleiras (que, aliás, eram as alunas que tinham de limpar no fim da aula, com Perfex e álcool).
A academia do Zé era o Zé. Não só porque levava o nome dele, mas porque ele era a única pessoa ali mesmo. Ele fazia tudo. Até a faxina. O suor que os alunos derramavam no piso de madeira era enxugado pelo próprio Zé ao final de cada aula, com um pano de chão. Para facilitar e economizar, ele morava na edícula nos fundos do galpão.
Sua academia resumia-se a sua aula. Eram cinco ou seis aulas por dia, metade de manhã e metade no fim do dia, sempre lotadas, de segunda a sexta. As turmas eram sempre as mesmas em cada horário. A primeira, às 6h30 da manhã, era frequentada por mulheres acima dos 35 anos que entravam cedo no trabalho. Mais à noite, o público era menos feminino.
Os alunos mais assíduos gostavam de malhar todos os dias. Em se tratando das aulas do Zé, isso fazia muito sentido e não tinha nada de exagero. Às segundas, quartas e sextas, o Zé dava uma aula puxada de condicionamento físico, que trabalhava todos os grupos musculares equilibradamente. Todo mundo saía ensopado, cansado e satisfeito. Às terças e quintas, a aula era mais suave, com bastante alongamento e alguns exercícios na barra de balé.
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