Ainda que os resultados, publicados no American Journal of Epidemiology, apontem vários fatores relacionados à leucemia linfoblástica aguda, o novo estudo confirma os dados de outros estudos, que mostram maior risco entre os filhos de fumantes.
"Os resultados do estudo sugerem que o tabagismo paterno no momento da concepção é um fator de risco para LLA infantil", dizem os autores, liderados por Elizabeth Milne, do Instituto para a Investigação da Saúde Infantil Telethon, na Austrália.
Ainda que a LLA seja o câncer pediátrico mais comum, é uma condição rara que afeta entre três e cinco crianças a cada cem mil.
Os especialistas entrevistaram famílias de quase 300 crianças com LLA, e fizeram perguntas sobre hábitos de vida dos pais. A equipe comparou esses dados com informações de mais de 800 crianças com idades similares, mas que não tinham tumores.
O tabagismo materno não teve impacto no risco de desenvolver câncer, mas quando os pais eram fumantes o risco aumentou em 15%.
As crianças filhos de pais que fumavam pelo menos 20 cigarros diários na época da fecundação tinham um risco 44% maior de ser diagnosticados com a doença.
Os autores também encontraram seis estudos mostrando essa associação. "A importância da exposição ao tabaco e os tumores infantis tem sido negligenciada", diz Patricia Buffler, da University of California, uma das autoras.
Ela acrescenta que, considerando que o tabaco está cheio de toxinas, incluindo substâncias cancerígenas, não seria estranho pensar que possa haver dano às células produtoras de sêmen. Milne assinala: "O sêmen que possui danos no DNA ainda pode fecundar um óvulo, o que poderia levar à doença nos filhos."
No entanto, Milne acrescenta que o estudo não prova que o dano no DNA dos espermatozoides causa LLA em crianças, uma vez que a doença está relacionada a vários fatores.
Outros fatores ambientais relacionados com mais risco de desenvolver leucemia está a radiação emitidas por raios-X e a exposição materna a pesticidas durante a gestação.
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