Sócrates teve seu ápice como jogador em um momento conturbado da política brasileira, foi combativo e manteve a mesma postura após a aposentadoria. Figura comentada e conhecida do esporte brasileiro, o ex-jogador deixa, no entanto, poucos sucessores à altura no futebol.
O legado extra-campo de Sócrates é notório e foi revivido várias vezes desde sua morte, nas primeiras horas do último domingo. Revelado pelo Botafogo-SP, ele mudou-se para São Paulo para defender o Corinthians, mas nunca abandonou a faculdade de medicina em Ribeirão Preto.
No clube paulista, ele liderou um movimento ímpar na história do futebol nacional. Implantou, ao lado de Casagrande, Wladimir e outros, a Democracia Corinthiana (clique e saiba mais), movimento em que os atletas discutiam premiações, contratações e decisões de todo tipo em pé de igualdade com a direção.
O período de liberdade, sem concentração antes dos jogos, fez Sócrates ganhar um status diferente no cenário esportivo. Com uma visão política de esquerda, ele nunca se absteve de posicionar-se mesmo nos tempos de ditadura militar e chegou até mesmo a participar de comícios a favor do retorno da democracia ao país.
No início dos anos 80, esteve à frente desse movimento, para dar voz aos jogadores. Eram eles quem decidiam, através do voto, as normas do futebol do Corinthians. Escolhiam o treinador, o horário dos treinos, participavam nas eleições do clube e, a maior de todas as revoluções, aboliram a obrigatoriedade da concentração. Queria fazer do Corinthians um pequeno exemplo para o Brasil. Em anos de ditadura engajou-se na política, envolveu-se nas “Diretas Já”.
Aposentado, Sócrates passou a mirar ainda mais nos dirigentes esportivos. Denunciou desmandos e abusos de diversos cartolas, angariou inimizades e parece, ao longo dos anos, ter feito poucos “herdeiros” fora de campo.
Atualmente, atletas se preocupam com a imagem que podem passar para patrocinadores, se afastam de polêmicas e adotam a tática do “politicamente correto”.
Entre os personagens que se destacam no cenário atual está Paulo André, zagueiro do Corinthians. Amigo de Sócrates, o jogador começou a ganhar notoriedade mesmo na condição de reserva do Corinthians por defender direitos trabalhistas dos atletas e até criticar cartolas.
Em entrevistas ele chegou a dizer que uma mudança no comando da CBF de Ricardo Teixeira seria bem-vinda.
Entre os personagens que se destacam no cenário atual está Paulo André, zagueiro do Corinthians. Amigo de Sócrates, o jogador começou a ganhar notoriedade mesmo na condição de reserva do Corinthians por defender direitos trabalhistas dos atletas e até criticar cartolas.
Em entrevistas ele chegou a dizer que uma mudança no comando da CBF de Ricardo Teixeira seria bem-vinda.
Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira. Brasileiro até no nome, corinthiano no coração, morreu e deixou um vazio no Brasil. Sócrates disputou 297 jogos com a camisola do Corithians, marcou 172 gols e venceu três Campeonatos Paulistas, em 1979, 1982 e 1983.
Morreu um dos maiores ídolos do futebol brasileiro. Sócrates, o doutor, o líder da linguagem simples, dentro e fora do campo.
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