quinta-feira, dezembro 22, 2011

Empresas que promoverem hábitos saudáveis poderão ter desconto no Imposto de Renda

A Câmara analisa projeto que concede abatimento no Imposto de Renda (IR) para empresas que mantiverem estrutura para a realização de atividades físicas, além de profissional de educação física e nutricionista para acompanhamento dos funcionários.

Pela proposta (Projeto de Lei 2136/11), do deputado João Arruda (PMDB-PR), o desconto será de 1% sobre o valor total a ser recolhido ao IR, para empresas de médio e grande porte; e de 3% sobre o valor total a ser recolhido por micro e pequenas empresas.

Para receber o abatimento, as empresas terão de comprovar, mediante declaração por escrito dos profissionais da educação física e de nutrição, que pelo menos 50% dos seus funcionários estão efetivamente gozando dos benefícios oferecidos.

O texto diz ainda que o funcionário que realizar atividades físicas utilizando a estrutura disponibilizada pela empresa ou estrutura de academia terceirizada, às expensas da empresa, deverá obrigatoriamente ser acompanhado por profissional de educação física. Além disso, cada funcionário deverá ser atendido individualmente pelo profissional de nutrição, não bastando a contratação para atuar no refeitório da empresa.

Aumento da produção
Segundo o autor, algumas empresas já concedem benefícios semelhantes a seus funcionários, como os bancos Itaú e Bradesco e a BS Colway, empresa do ramo de pneumáticos instalada no Paraná, e os resultados positivos são “visíveis”. Com a implementação de projeto semelhante, além da concessão de alguns outros benefícios, como o fornecimento de Plano de Saúde aos trabalhadores, a BS Colway teve um aumento da ordem de cerca de 10% em sua produção.

De acordo com o deputado, o desconto no IR não causará prejuízos ao governo federal, na medida em que os custos com saúde, afastamento e pensões dos trabalhadores serão reduzidos. “A prática esportiva e a alimentação correta proporcionam significativa redução nos problemas causados pelo esforço repetitivo, pela baixa imunidade e muitos outros problemas de saúde, que engrossam as filas do Sistema Único de Saúde e do INSS”, afirma.

Tramitação
De caráter conclusivo, a proposta será analisada pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; Constituição e Justiça e de Cidadania; e Finanças e Tributação, inclusive no seu mérito.

segunda-feira, dezembro 19, 2011

Leucemia é mais prevalente em filhos de fumantes

Filhos de pais que fumam no momento da fecundação têm pelo menos 15% mais chances de desenvolver algum tipo de leucemia, o tipo mais comum de câncer infantil, revela um novo estudo australiano.

Ainda que os resultados, publicados no American Journal of Epidemiology, apontem vários fatores relacionados à leucemia linfoblástica aguda, o novo estudo confirma os dados de outros estudos, que mostram maior risco entre os filhos de fumantes.

"Os resultados do estudo sugerem que o tabagismo paterno no momento da concepção é um fator de risco para LLA infantil", dizem os autores, liderados por Elizabeth Milne, do Instituto para a Investigação da Saúde Infantil Telethon, na Austrália.

Ainda que a LLA seja o câncer pediátrico mais comum, é uma condição rara que afeta entre três e cinco crianças a cada cem mil.

Os especialistas entrevistaram famílias de quase 300 crianças com LLA, e fizeram perguntas sobre hábitos de vida dos pais. A equipe comparou esses dados com informações de mais de 800 crianças com idades similares, mas que não tinham tumores.

O tabagismo materno não teve impacto no risco de desenvolver câncer, mas quando os pais eram fumantes o risco aumentou em 15%.

As crianças filhos de pais que fumavam pelo menos 20 cigarros diários na época da fecundação tinham um risco 44% maior de ser diagnosticados com a doença.

Os autores também encontraram seis estudos mostrando essa associação. "A importância da exposição ao tabaco e os tumores infantis tem sido negligenciada", diz Patricia Buffler, da University of California, uma das autoras.

Ela acrescenta que, considerando que o tabaco está cheio de toxinas, incluindo substâncias cancerígenas, não seria estranho pensar que possa haver dano às células produtoras de sêmen. Milne assinala: "O sêmen que possui danos no DNA ainda pode fecundar um óvulo, o que poderia levar à doença nos filhos."

No entanto, Milne acrescenta que o estudo não prova que o dano no DNA dos espermatozoides causa LLA em crianças, uma vez que a doença está relacionada a vários fatores.

Outros fatores ambientais relacionados com mais risco de desenvolver leucemia está a radiação emitidas por raios-X e a exposição materna a pesticidas durante a gestação.

Alzhaimer poderá ser detectado por exame de sangue

Um grupo de cientistas finlandeses descobriu um novo método para detectar o mal de Alzheimer precocemente, através de um simples exame de sangue. Isso permitiria diagnosticar a doença muitos anos antes do surgimento dos primeiros sintomas.

Cientistas da universidade da Finlândia Oriental e do Centro de Investigação Tecnológica da Finlândia descobriram que o Alzheimer é precedido de uma espécie de "assinatura" molecular, composta por três metabólitos (moléculas produzidas pelo metabolismo).

O estudo, publicado no periódico "Translational Psychiatry", sugere que a detecção desses marcadores poderia identificar pessoas com problemas leves de memória e aquelas que estão em fases precoces da demência

Desse modo, um simples exame de sangue serviria para diagnosticas pacientes com alto risco para desenvolver o Alzheimer, o que poderia ajudar a tomar medidas preventivas para retardar ou até evitar o surgimento da doença.

Para concluir o trabalho, a equipe analisou durante mais de dois anos amostras de sangue de 226 idosos. Deles, 46 eram sadios, 37 eram portadores de Alzheimer e 143 sofriam de um declínio cognitivo leve, etapa anterior à demência.

Ao fim do estudo, 52 dos 143 pacientes com declínio cognitivo haviam desenvolvido o Alzheimer. O exame do plasma sanguíneo mostrou que a composição química do sangue havia mudado, o que mostrou uma associação com as mudanças ocorridas no cérebro.

"Estabelecer a relevância patogênica desse tipo de biomarcador não só pode facilitar o diagnóstico precoce como também pode ajudar a identificar novas terapias", dizem os autores.

segunda-feira, dezembro 05, 2011

Sócrates: O verdadeiro filósofo esportivo!

Sócrates teve seu ápice como jogador em um momento conturbado da política brasileira, foi combativo e manteve a mesma postura após a aposentadoria. Figura comentada e conhecida do esporte brasileiro, o ex-jogador deixa, no entanto, poucos sucessores à altura no futebol.

O legado extra-campo de Sócrates é notório e foi revivido várias vezes desde sua morte, nas primeiras horas do último domingo. Revelado pelo Botafogo-SP, ele mudou-se para São Paulo para defender o Corinthians, mas nunca abandonou a faculdade de medicina em Ribeirão Preto.

No clube paulista, ele liderou um movimento ímpar na história do futebol nacional. Implantou, ao lado de Casagrande, Wladimir e outros, a Democracia Corinthiana (clique e saiba mais), movimento em que os atletas discutiam premiações, contratações e decisões de todo tipo em pé de igualdade com a direção.

O período de liberdade, sem concentração antes dos jogos, fez Sócrates ganhar um status diferente no cenário esportivo. Com uma visão política de esquerda, ele nunca se absteve de posicionar-se mesmo nos tempos de ditadura militar e chegou até mesmo a participar de comícios a favor do retorno da democracia ao país.

No início dos anos 80, esteve à frente desse movimento, para dar voz aos jogadores. Eram eles quem decidiam, através do voto, as normas do futebol do Corinthians. Escolhiam o treinador, o horário dos treinos, participavam nas eleições do clube e, a maior de todas as revoluções, aboliram a obrigatoriedade da concentração. Queria fazer do Corinthians um pequeno exemplo para o Brasil. Em anos de ditadura engajou-se na política, envolveu-se nas “Diretas Já”.

Aposentado, Sócrates passou a mirar ainda mais nos dirigentes esportivos. Denunciou desmandos e abusos de diversos cartolas, angariou inimizades e parece, ao longo dos anos, ter feito poucos “herdeiros” fora de campo.

Atualmente, atletas se preocupam com a imagem que podem passar para patrocinadores, se afastam de polêmicas e adotam a tática do “politicamente correto”.

Entre os personagens que se destacam no cenário atual está Paulo André, zagueiro do Corinthians. Amigo de Sócrates, o jogador começou a ganhar notoriedade mesmo na condição de reserva do Corinthians por defender direitos trabalhistas dos atletas e até criticar cartolas.

Em entrevistas ele chegou a dizer que uma mudança no comando da CBF de Ricardo Teixeira seria bem-vinda.

Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira. Brasileiro até no nome, corinthiano no coração, morreu e deixou um vazio no Brasil. Sócrates disputou 297 jogos com a camisola do Corithians, marcou 172 gols e venceu três Campeonatos Paulistas, em 1979, 1982 e 1983.

Morreu um dos maiores ídolos do futebol brasileiro. Sócrates, o doutor, o líder da linguagem simples, dentro e fora do campo.

quarta-feira, novembro 30, 2011

Congresso Internacional de Educação Física aprova artigos científicos com escolares de Arapiraca

Quatro artigos elaborados pelo grupo de pesquisa do Laboratório de Cineantropometria, Atividade Física e Promoção da Saúde da Universidade Federal de Alagoas, campus Arapiraca (LACAPS/UFAL), foram aprovados para apresentação oral no 27º Congresso Internacional de Educação Física que será realizado durante os dias 14 a 18 de janeiro de 2012 em Foz do Iguaçu, no Paraná.

Tais trabalhos foram resultados das pesquisas decorrentes com os escolares do município de Arapiraca que vem sendo realizadas desde o começo de 2010 em ação conjunta com as Secretarias de Educação e Saúde, sob coordenação do professor Dr. Arnaldo Tenório da Cunha Júnior. Foram realizadas reuniões junto aos diretores das escolas municipais participantes da pesquisa com o objetivo de desenvolver ações de educação para a saúde. Além das coletas de dados, foram realizadas palestras informativas com os escolares envolvidos na pesquisa acerca dos temas envolvendo a promoção da saúde e prevenção de doenças.

Os artigos serão publicados na Revista Internacional da FIEP - The FIEP BULLETIN, indexado pela CAPES como B4 na área de Educação Física. O periódico é publicado desde 1931, com ISSN 0256-6419, e os trabalhos serão impressos no volume 82 - Edição Especial - Artigos, do ano de 2012.

Seguem abaixo os trabalhos aprovados:

CARACTERÍSTICAS ANTROPOMÉTRICAS DE ESCOLARES DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE ARAPIRACA-AL autoria de VITOR FABIANO DOS SANTOS SILVA, CASSIO HARTMANN e ARNALDO TENÓRIO DA CUNHA JÚNIOR. (link)

AVALIAÇÃO ESTATURAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DO MUNICÍPIO DE ARAPIRACA–AL, autoria de RAFAEL ANTÔNIO DA SILVA, WILMA DO NASCIMENTO SILVA, CLEITHON ROVER, LEONARDO GOMES DE OLIVEIRA LUZ e ARNALDO TENÓRIO DA CUNHA JÚNIOR. (link)

NÍVEIS DE SOBREPESO E OBESIDADE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE ENSINO DE ARAPIRACA-AL, autoria de LUIS CARLOS BARBOSA SILVA, VITOR FABIANO SANTOS SILVA, CASSIO HARTMANN e ARNALDO TENÓRIO DA CUNHA JÚNIOR. (link)

AVALIAÇÃO DO PERCENTUAL DE GORDURA CORPORAL DE ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE ARAPIRACA-AL, autoria de KARINNE OLIVEIRA COELHO, CASSIO HARTMANN e ARNALDO TENÓRIO DA CUNHA JÚNIOR. (link)


SAIBA MAIS:

EDUCAÇÃO APRESENTA RESULTADO DE PESQUISA:

ARAPIRACA É PIONEIRA NA AVALIAÇÃO FÍSICA DE ESCOLARES

terça-feira, novembro 29, 2011

Estudo mostra dificuldades de manter o peso após perdê-lo

Um estudo, publicado pela revista The New England Journal of Medicine, tentou desvendar um mistério que sempre incomodou endocrinologistas: por que é tão difícil perder peso e mantê-lo. Os resultados dividiram os especialistas.


Durante anos, os estudos de obesidade revelaram que pouco depois de pessoas gordas perderem peso, seu metabolismo desacelerava e elas experimentavam mudanças hormonais que aumentavam seu apetite. Alguns pesquisadores acreditavam que essas mudanças biológicas podiam explicar por que a maioria dos obesos que faziam dietas recuperava boa parte do que havia perdido com tanto esforço.
Agora, porém, um grupo de pesquisadores australianos tentou ver se as alterações persistem a longo prazo. Eles recrutaram pessoas que ou estavam acima do peso ou eram obesas e as colocaram numa dieta altamente restritiva que as fez perder pelo menos 10% de seu peso corporal. Eles as mantiveram, então, numa dieta para conservar essa perda de peso. Um ano depois, os pesquisadores descobriram que o metabolismo e os níveis hormonais dos participantes não tinham voltado aos níveis de antes.
O levantamento é pequeno, mas confirma as convicções sobre por que é tão difícil perder peso e mantê-lo, dizem pesquisadores que não estiveram envolvidos no estudo.
Eles advertiram que o estudo envolveu somente 50 participantes, e 16 deles abandonaram ou não perderam os requeridos 10% de peso corporal. E embora os hormônios estudados tenham uma conexão lógica com o ganho de peso, os pesquisadores não mostraram que os hormônios estavam fazendo os participantes recuperarem seu peso.
No entanto, disse Rudolph Leibel, um pesquisador da obesidade da Universidade Columbia, embora não surpreenda que os níveis hormonais se alteraram pouco depois de os participantes perderem peso, o “impressionante é que essas mudanças não desaparecem”.
Stephen Bloom, um pesquisador de obesidade no Hammersmith Hospital em Londres, disse que o estudo teria de ser repetido sob condições mais rigorosas, mas acrescentou: “Ele está mostrando algo no qual acredito profundamente - é muito difícil perder peso”. E a razão, prosseguiu, é que “nossos hormônios trabalham contra nós”.

Apetite. No estudo, Joseph Proietto e seus colegas da Universidade de Melbourne recrutaram pessoas que pesavam, em média, 95 quilos. No começo da pesquisa, sua equipe mediu os níveis hormonais dos participantes e avaliou sua fome e apetite depois que eles comiam um ovo cozido, torrada, margarina, suco de laranja e biscoitos no café da manhã. Os fazedores da dieta passaram em seguida dez semanas num regime de pouquíssimas calorias, 500 a 550 por dia, para fazê-los perder 10% de seu peso corporal. Aliás, o peso caiu, em média, 14%, ou cerca de 13 quilos. Como era esperado, seus níveis hormonais se alteraram de uma maneira que aumentou o apetite e, de fato, eles ficavam mais famintos do que quando começaram o estudo.
Eles receberam dietas cuja intenção era manter sua perda de peso. Um ano depois que os participantes haviam perdido o peso, os pesquisadores repetiram suas medições. Eles foram recuperando o peso, apesar da dieta de manutenção - recuperando, em média, metade do que haviam perdido - e os níveis hormonais ofereciam uma possível explicação.
A quantidade de um hormônio, a leptina, que diz ao cérebro quanta gordura corporal está presente, caiu dois terços imediatamente depois de os sujeitos perderem peso. Quando o nível de leptina cai, o apetite aumenta e o metabolismo desacelera. Um ano após a dieta de perda de peso, os níveis de leptina ainda estavam um terço mais baixos do que no início do estudo, e aumentaram à medida que os participantes recuperavam seu peso.
“Um enorme esforço para persuadir o público a alterar seus hábitos simplesmente não evitou nem curou a obesidade”, conclui Liebel. “Condenar o público por seu hedonismo incontrolável e a indústria alimentar por suas iniquidades não parece estar fazendo a maré virar.”
Drogas para gordos que perderam peso pode ser opção
Para Rudolph Leibel, da Universidade Columbia, os resultados mostram que a perda de peso “não é um evento neutro” – o que explica por que mais de 90% das pessoas que perdem muito peso o recuperam. “Ela está colocando seu corpo numa circunstância a que ele resistirá”, diz. “Ou seja, ela é mais metabolicamente normal quando está com um peso corporal mais alto.” Uma solução poderia ser restaurar os níveis normais dos hormônios dando drogas após os gordos perderem peso. Jules Hirsch, da Universidade Rockefeller, é sincero; “Talvez a gente não conheça o suficiente para prescrever soluções”.

Cinco capitais se destacam na promoção de atividade física


Cinco capitais que estimulam a prática de atividade física foram homenageadas pelo Ministério da Saúde. Aracaju, Belo Horizonte, Curitiba, Recife e Vitória inspiraram o programa Academias da Saúde, lançado em abril.

Uma das iniciativas mais antigas é a de Vitória (ES), que começou em 1991 e já conta com cerca de 24 mil pessoas praticando atividades físicas regulares. “Estruturamos módulos de atividade física que se espalharam pela cidade. Hoje, todas as regiões de Vitória têm um módulo. E isso cresceu para além das atividades. Nas unidades de saúde temos atividades com grupos de mulheres, de gestantes, de hipertensos, de diabéticos”, explicou o secretário de Saúde da capital capixaba, Luiz Carlos Reblim.

A secretaria também promove atividades específicas para idosos. Há na cidade 20 academias para esta faixa etária e, até o início de 2012, esse número deve chegar a 50. Nesses lugares, os idosos fazem exercícios, musculação, caminhadas, hidroginástica e ginástica localizada.

Em Recife, a professora de educação física Raquel Bezerra disse que, além das atividades físicas, as pessoas recebem informações sobre nutrição e práticas de lazer. “Temos pessoas idosas, adultos, jovens, adolescentes, crianças. Também há pessoas com hipertensão, diabetes, osteoporose”, disse a professora. Na capital pernambucana, cerca de 70 pessoas são atendidas por dia pelo programa de estímulo da prática de exercícios.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a meta do governo federal é ter 4 mil polos das Academias da Saúde até 2014. Dois mil projetos já foram selecionados e vão receber R$ 180 mil para compra de equipamentos e 36 mil reais por mês para custeio.

segunda-feira, novembro 14, 2011

Previna-se contra o Diabetes

Estima-se que haja, pelo menos, 300 milhões de pessoas com diabetes em todo o mundo. No Brasil, são cerca de 11 milhões de portadores, segundo dados do Ministério da Saúde e de sociedades médicas.

No Dia Mundial do Diabetes, lembrado nesta segunda-feira (14), o foco da campanha global, pelo terceiro ano seguido, é orientar a população para prevenir a doença, que mata uma pessoa a cada dez segundos no mundo - conforme estatística da Federação Internacional de Diabetes, ligada à OMS (Organização Mundial da Saúde).

O desconhecimento sobre o que é a doença, os sintomas e o tratamento têm sido obstáculos para conter essa epidemia global. A própria federação internacional estima que metade das pessoas não sabe que tem diabetes.

Apesar de muitos brasileiros ter um parente ou amigo com a doença, parte deles não sabe como evitá-la, diz o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Walter Minicucci: "– Muitos têm contato, mas não conseguem ajudar a pessoa próxima [com a doença]. E ficam incapazes de prevenir nelas mesmas."

O diabetes tipo 2, que atinge mais pessoas, ocorre quando há aumento da taxa de açúcar (glicose) no sangue. Os sinais mais comuns são a sede excessiva, a perda de peso, a fome exagerada, a vontade de urinar muitas vezes, a difícil cicatrização de feridas, a visão embaçada, o cansaço e infecções frequentes.

Alguns dos fatores de risco são a obesidade, o sedentarismo e o histórico familiar com casos da doença. Quando o diabetes não é tratado, aumenta o risco de o paciente ter um ataque cardíaco, ficar cego ou sofrer amputação de uma perna.

A prática de exercícios físicos e a alimentação equilibrada ajudam a evitar o diabetes.

sexta-feira, novembro 11, 2011

Orlando Silva: "VIVI UM TSUNAMI POLÍTICO"


Carta de Orlando Silva Jr. a Jorge Bastos Moreno:

"Vivi um tsunami político, mas continuei observando o comportamento de instituições e personalidades. Alguns se distinguiram com a coragem de não aderir pura e simplesmente a uma onda. Encontrar solidariedade em quem me conhece seria natural, o que surpreendeu foram posições de alguns intelectuais, artistas, atletas, gente simples do povo e até de parlamentares de oposição .

Entre jornalistas não foi diferente. Houve quem sugerisse apurar fatos, valorizar o contraditório e não tratar denuncia como prova. A maneira isenta como você se posicionou nesse processo, com as responsabilidades que você possui, me faz lhe dirigir essa carta. E vou tentar fazê-la chegar a outras pessoas e profissionais. Ela é dirigida a você e a muitos outros.

Como disse, nas últimas semanas, vivi um pesadelo. Tudo começou com a reportagem numa revista semanal que eu imaginava ser apenas mais um ataque político, o que, infelizmente, é rotina em nosso País. Eu estava a caminho de Guadalajara, México, para representar o governo na abertura dos Jogos Panamericanos, onde o Brasil tinha a maior delegação da história numa competição internacional e que contou com grande o apoio do Ministério do Esporte.

Fiquei perplexo com a informação de que a tal revista iria publicar uma acusação de que eu teria recebido dinheiro indevidamente. Era sexta-feira à noite e a publicação sairia no sábado.

Estou acostumado com luta política, com crítica, divergência ideológica, ataques à gestão, antipatia pessoal, insatisfação com estilo...tudo isso eu sempre compreendi. Mas, mentir!? Inventar uma história para atacar a honra de uma pessoa e de um Partido!? Imaginava que luta política tivesse limites, afinal, até na guerra há limites. Estava enganado. A partir de uma farsa, foi organizada uma verdadeira campanha para me derrubar.

Observem: uma revista fez uma reportagem, com direito a chamada na capa, com base em fatos que simplesmente não existiram. Ultrapassamos o limite do absurdo!

E quem eram os porta-vozes das mentiras? Dois personagens da crônica policial de Brasília. Gente que está sendo processada por iniciativas do Ministério que eu dirigia, e de quem exigimos a devolução de dinheiro publico desviado.

Insisto, veja o absurdo: um sujeito foi flagrado desviando dinheiro público...eu determino que seja feita uma investigação...ao final determino que o dinheiro público seja devolvido...o ladrão inventa uma história...uma revista publica a farsa, sem existir nenhuma prova... os meios de comunicação reproduzem a história sem provas e pronto! A mentira ganha ares de "verdade". E começa a campanha "derruba-ministro".

Neguei a acusação, com veemência. Desde o primeiro momento, afirmei não haver provas, porque simplesmente se tratava de uma  mentira. Nunca ocorreu o fato relatado pelos bandidos. Os dias passavam, eu reafirmava que se tratava de uma farsa, e, pasmo, acompanhava a maioria dos meios de comunicação endossando a versão dos bandidos, como se fosse dispensável provar o absurdo que diziam. Bastava acusar.

Passado praticamente um mês eu reafirmo minha primeira manifestação: não houve, não há e não haverá provas, porque a denuncia contra mim não passa de fantasia.

A trama montada serviu para atrair o interesse da população, que olha a política com desconfiança. Mas seria necessário outro passo. Seria necessária "uma prova" para desestabilizar minha liderança no Ministério do Esporte. Uma cruzada foi estabelecida por jornalistas que estavam em busca da tal "prova" ou, como alguns gostam de dizer, da "bala de prata" para derrubar o Ministro.

Eu poderia comentar cada uma das centenas de matérias publicadas nas ultimas semanas. Todos os contratos e convênios do Ministério foram revirados. Tudo foi investigado. Diariamente, dezenas de perguntas chegavam das redações da imprensa e nossa assessoria tinha prazos mínimos para responder. E o que é pior, pouco interessavam as nossas respostas, elas eram ignoradas. As matérias já estavam prontas.

Na gestão pública, assim como na gestão de qualquer instituição ou mesmo na vida privada, erros podem ser cometidos. Ninguém está imune a eles. O desafio é identificá-los e corrigi-los. Se observarmos minha trajetória e a de minha equipe à frente do Ministério do Esporte, por cinco anos, veremos muitas conquistas. Mas houve erros e atuamos para saná-los. Cumprimos sempre nossa obrigação.

O foco da trama se voltou para convênios com Organizações Não-Governamentais, as chamadas ONG's. Vale dizer que existem ONG's e ONG's, assim como existem governos e governos. Alguns são mais competentes, outros trabalham de forma mais correta. Quem tem má intenção, nunca chega anunciando: "olha...estou mal intencionado...meus objetivos são sórdidos!" Daí a necessidade de acompanhar, fiscalizar o cumprimento do que foi estabelecido. É o que fazíamos.

Quem se baseou apenas no noticiário, deve imaginar, por exemplo, que o programa Segundo Tempo ocorre apenas em parceria com ONG's. Mas, pasmem, no dia que sai do governo, mais de 90% do Segundo Tempo era fruto de parceria com entes públicos. E quem puder ler os relatórios das auditorias feitas, constatará a evolução ano a ano deste Programa.

Outra coisa inacreditável. As reportagens omitiam algo fundamental: o Ministério do Esporte aumentou a fiscalização, o que permitiu identificar erros e tomar as devidas providências administrativas. Deram ares de escândalo ao trabalho de acompanhamento e fiscalização que realizávamos. Isso serviu para criar instabilidade política e atacar meu trabalho na Pasta.

Nenhuma prova demonstra benefício ao PCdoB por meio dessas entidades. Mas a acusação tem objetivo político, atacar um Partido que tem 90 anos de história e é limpo. Insisto: divergências políticas e ideológicas fazem parte do jogo, mas acusações falsas...ameaçam a democracia.

Na ausência de provas, o que fazer? A saída foi inventar algo que parecesse razoável: a filiação partidária de alguns gestores públicos. De repente, ser filiado a um partido, no caso ao PCdoB, virou "prova de crime". Se o Ministro é do PCdoB, não se pode admitir que um secretário da área seja também. O mesmo vale para entidades. Não se admite que qualquer filiado ao Partido participe de entidade. Isso não é democrático. Os partidos políticos são livres e as pessoas têm direito de se organizar como lhes convier. Quem nomeia secretario é prefeito e governador legitimamente eleito.

Os principais meios de comunicação e muitos jornalistas se comportaram como uma manada. É como ataque especulativo na bolsa de valores. O objetivo: desestabilizar e derrubar o Ministro. E isso foi conseguido. A receita é assim. Primeiro, cria-se um ambiente de escândalo, para comover a opinião pública. Segundo, ataca-se a gestão – de que forma? Ignorando tudo de positivo feito, apontando qualquer erro e superdimensionando-o para desmoralizar o trabalho realizado. Terceiro, pressiona-se o governo, utilizando todas as ferramentas da política, inclusive contradições internas, para alcançar o objetivo.

E se ainda não for o bastante para atingir o que se pretende, lança-se mão de uma reserva no arsenal de guerra contra a honra alheia: ataques à família.

Aqui tivemos um capítulo à parte. Comprar um terreno de R$370 mil, único bem que possuo, com cheque registrado em escritura e construir uma casa de 110 metros quadrados, virou escândalo. Não interessa que numa família as pessoas tenham suas atividades profissionais e suas relações. No afã de alcançar seus objetivos, para alguns vale tudo, até golpes baixos. Poderia dar outros exemplos, mas fico por aqui. O que eles queriam era me desestabilizar emocionalmente e me fazer jogar a toalha.

Durante todo o processo procurei manter a serenidade, não perder a razão, apesar de ataques tão baixos.

Ofereci a abertura de minha vida: sigilos fiscal, bancário, telefônico e de correspondência. Desmontei a farsa contra mim na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Propus a apuração dos fatos publicados pela Comissão de Ética Publica, pelo Ministério Publico e pela Polícia Federal. Foi minha a iniciativa e tentaram inverter a ordem, como se eu tentasse encobrir algo.

Hoje, inauguramos no Brasil uma Inquisição moderna, não interessa a análise racional de processos. O editorial de um jornalão paulista foi ao âmago da questão: "não importam as provas, não importa o processo, a acusação basta". É uma versão atual da famosa frase "às favas com os escrúpulos". O mau jornalismo pode instituir verdadeiros tribunais de exceção, que realizam julgamentos sumários.

Houve tempo em que nossos companheiros eram perseguidos, presos, torturados e até assassinados. Hoje, o método utilizado é a execração pública, o linchamento político, o apedrejamento moral sem que se dê direito de defesa. E, depois, a mídia age como se nada tivesse acontecido, e passa a buscar uma nova presa. Nesses dias, não saiu do meu pensamento episódios como o de Ibsen Pinheiro e da Escola Base.

Ao fim do processo, depois de uma conversa com a Presidenta da Republica, saí do governo.

Percebi interesses contrariados operando nas sombras. Triste, percebi gente de comunicação ser instrumentalizada e dar pouca relevância a fatos e informações. Não se pretendia esclarecer nada, apenas disputar como numa gincana, quem chega ao objetivo primeiro. A quem seria atribuída a queda de um ministro. Como na canção “Faroeste Caboclo”, a “via-crucis virou circo e eu estava ali”.

Talvez eu tenha incomodado interesses políticos e econômicos. Fui pedra no sapato de alguns. Fui vítima da luta política.

A realidade é que saí do governo de cabeça erguida. Pela porta da frente, apesar do massacre vivido. Em minha ultima manifestação, no Palácio do Planalto, disse, olhando nos olhos da Presidenta da República: sou inocente!

Num tempo de inversão de valores, tenho eu que provar minha inocência. E assim o farei.

Serei sempre grato ao carinho e a confiança que recebi de milhares de pessoas, algumas bem próximas, outras que sequer conhecia. É incrível a quantidade de pessoas que se aproximam de mim e diz: acredito em você! A todos, reafirmo: não traí e nunca trairei a confiança de cada um de vocês.

Serei sempre grato ao carinho e dedicação de minha equipe no Ministério do Esporte e de meus companheiros de governo.

Sigo lutando pelos meus ideais. Acredito no Brasil. Volto para São Paulo, para a mesma casa que meus amigos conhecem. Volto para a militância política por um País cada dia mais justo e democrático. Isso é o que me dá felicidade. E é muito bom estar mais perto dos amigos e dos companheiros. E de lá retomo minha trajetória política. A verdade vencerá!

Orlando Silva

Brasília, novembro de 2011"

sexta-feira, novembro 04, 2011

O VERDADEIRO LEGADO DE ORLANDO SILVA NO ESPORTE

O caminho que Orlando Silva escolheu, vem surpreendendo a mídia esportiva e os meios de comunicação. Prova maior foi tal apoio que recebeu da presidenta Dilma Roussef na transferência do cargo para Aldo Rebelo e os aplausos memoráveis de 30 segundos em pé por todos os presentes (inclusive por destaques de momentos inesquecíveis do Esporte, como o Capitão do Penta Cafu, a rainha do Basquete Hortência e o Rei do Futebol Pelé, entre outros) ao afirmar: ´-Eu sou inocente!’.
Até agora não existem provas a respeito das declarações infundadas por um criminoso. Simplesmente se calaram. Não se veicula na imprensa que o próprio Orlando Silva ofereceu a denúncia junto à justiça brasileira. Quantos iriam ter tal coragem e destreza de ficar a disposição na quebra de sigilo bancário e telefônico para tais averiguações? Orlando Silva Jr. não teme!
Assim sendo afirmo: Orlando Silva foi o melhor Ministro do Esporte que tivemos. Lutou sim com a insatisfação dos dirigentes e do imperialismo esportivo que assola o mundo. A geração de emprego e renda é uma realidade. Nos países em que houve mobilização a favor de um megaevento esportivo, a transformação foi evidente. No México, o Esporte vem tomando proporções inéditas na saúde e condição de vida da população, com duas Copas do Mundo e dois Jogos Pan-Americanos. Em Cuba, a democratização do esporte é uma realidade e a expectativa de vida ao nascer vem aumentando.

Ao contrário do que dizem: Orlando Silva não se aliou aos coronéis do esporte. Manteve-se áspero aos que quiseram nos subjugar a soberania nacional e a dignidade da pessoa humana. Aos mais desinformados, Orlando Silva investiu alto no esporte educacional, democratizando o acesso ao esporte no ambiente escolar de qualidade para milhares de crianças e adolescentes em áreas de elevada vulnerabilidade social. Aos que se destacaram nos programas federais educacionais, foi garantida a continuidade do benefício com a implantação de bolsas com renda mensal. Para tanto, não deixou de lado a construção de espaços esportivos de esporte e lazer. Orlando Silva garantiu o amplo acesso ao esporte e lazer de qualidade para crianças, adolescentes, adultos e idosos e pessoas com necessidades especiais. ISSO É ESPORTE PARA TODOS! Todos esses programas federais são modelos que outros países como a Angola e Moçambique vem copiando para sua mobilização nacional na (re)construção do Esporte.
A gestão de Orlando Silva vinha diminuindo os convênios junto às ONG´s a ponto de ser o único Ministério que vinha agindo com tal prática. Mostra maior disso, é o aumento de convênios firmados com o poder público (Estado/Município) e com ação descentralizada em parceria com o Ministério Público de cada Estado. Orlando Silva teve todo o apoio da presidenta Dilma, ao ponto de apurar todos os atos de denúncias oferecidas pela Ouvidoria do Ministério do Esporte de convênios irregulares, agindo de maneira sagaz com a Tomada de Contas Especial referente ao convênio denunciado. Independente de denúncias, os programas federais do Ministério do Esporte tem que apresentar prestações de contas parciais, cronograma de despesa e desembolso, além de relatórios trimestrais.

Eu pergunto aos senhores: Você já viu uma criança ou adolescente em uma aula de educação física do Programa Segundo Tempo? Aquele campo de futebol onde se traficava drogas, aquela praça escura tomada pela prostituição, aquele terreno onde se fazia abordagem de assaltantes, foram tomados por prática esportiva visando ao esporte educacional... Esporte como atrativo para se alcançar a Educação. O contraturno escolar nunca foi tão aguardado. Tal política social foi adotada em um programa federal do Ministério da Educação: O Programa Segundo Tempo no Mais Educação.


Como se diz no Esporte, chegou a hora de passar a bola, Orlando Silva. E a função de conduzir ao ataque coube ao também nordestino Aldo Rebelo. Pode ser que você, Orlando, receba a bola lá na frente para fazer o gol...

segunda-feira, outubro 31, 2011

Doença Reumática, exercício físico e Vitamina D

Muitas vezes, o diagnóstico de uma doença reumática cai como uma verdadeira bomba para o paciente. “Saber-se portador de uma doença reumática ou autoimune pode trazer consigo uma sensação de fragilidade e desamparo”, afirma o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti.
É compreensível que o ser humano se sinta inconformado com as limitações impostas pelas doenças crônicas. Isso ocorre não apenas com as doenças reumáticas, mas também com o diabetes, obesidade mórbida e hipertensão arterial, entre outras.
O especialista reconhece que há um estágio inicial, após o diagnóstico, em que as pessoas até tentam seguir as orientações médicas, mas com o passar do tempo, o ânimo inicial cede lugar para o desestímulo.
A dieta tão importante para o tratamento eficaz, já não é seguida à risca, o uso comedido do álcool sucumbe ao abuso. As práticas de atividade física e a suspensão do tabagismo parecem muito difíceis de serem programadas. “Ocorre uma rebeldia ou uma total negligência às recomendações médicas, que são facilitadores do tratamento”, resume o médico.
Após o diagnóstico desse tipo de doença, por mais que se sofra, é preciso ser realista. A vida não poderá mais ser como antes, para uma boa parte dos seus portadores.
Para o médico, no entanto, ela pode até ser melhor do que antes, se o paciente tiver maturidade e estiver engajado no próprio tratamento. Nesse momento, é muito importante que possa contar com um reumatologista a fim de receber esclarecimento sobre a doença e seus cuidados, de forma que entenda a necessidade em aderir ao tratamento de maneira efetiva.

A praga do sedentarismo
Conciliar uma rotina saudável nos tempos modernos não é tarefa para qualquer pessoa. Após um dia de trabalho árduo, tudo o que quer é chegar em casa e descansar. No entanto, se o descanso é importante para combater o estresse diário, manter uma atividade física também é.
Ainda mais quando se recebe o diagnóstico de uma doença reumática, como artrite, artrose, fibromialgia, lombalgia crônica, entre outras. O sedentarismo é um comportamento induzido por hábitos decorrentes dos confortos da vida moderna.
Com a evolução da tecnologia e a tendência cada vez maior de substituição das atividades físicas por facilidades automatizadas, o ser humano adota cada vez mais a lei do menor esforço, reduzindo assim o consumo energético do corpo.
“O exercício físico é uma peça chave no tratamento dos pacientes reumáticos, pois o sedentarismo agrava o quadro das doenças reumáticas”, observa Sérgio Lanzotti.
A prática de atividades físicas – além de proporcionar prazer e relaxamento – contribui para o emagrecimento, reduz a dor e a rigidez nas articulações e aumenta a flexibilidade, força muscular, saúde do coração e a resistência.

Atividade física
Um dos grandes benefícios da atividade física é o estímulo à produção de endorfinas, aumentando a sensação de bem-estar. As endorfinas também funcionam como analgésico, proporcionando alívio da dor no organismo.
“A produção de endorfinas é fator muito importante para os pacientes reumáticos, que apresentam propensão a desenvolver quadros de depressão e ansiedade”, explica o reumatologista.
Os exercícios físicos mais recomendados para os pacientes reumáticos são do tipo aeróbico ou dinâmico, como caminhar, correr, nadar e andar de bicicleta. No entanto, a prática de exercícios físicos deve ser supervisionada e não deve ser iniciada antes da avaliação do médico que acompanha o paciente.
O reumatologista poderá indicar a necessidade da prática de atividade física por doentes com acometimento articular de membros ou coluna vertebral. Mesmo seguindo dietas bem planejadas, utilizando medicamentos de última geração e encontrando pacientes motivados, muitas vezes, a obesidade crônica passa consegue minar a resistência e a confiança dos pacientes.
De acordo com os dados do último Censo, o Brasil, seguido de outros países emergentes, vem liderando o ritmo de crescimento dos índices de sobrepeso e obesidade. Por aqui, cerca de 50% dos adultos e 30% das crianças e adolescentes encontram-se acima do peso normal.

A importância da vitamina D
Apesar de viver em um ensolarado país tropical, os brasileiros apresentam níveis muito baixos de vitamina D no organismo. “Este é outro fator de risco para doenças reumáticas relacionado ao estilo de vida moderno”, observa Lanzotti.
A prática de atividades físicas passou a ser em locais cobertos. O lazer também acontece dentro de recintos fechados, como o shopping. “Assim, fica difícil garantir a exposição solar diária recomendada”, alerta o reumatologista.
O medo das doenças de pele, especialmente do câncer, também tem impacto sobre o hábito tão atual de se evitar o sol. “A falta de vitamina D no organismo é uma consequência direta dessa baixíssima exposição à luz solar. Sem ela, o micronutriente não é sintetizado pelo organismo”, explica o especialista.
Nossa dieta é relativamente pobre em vitamina D e dependemos muito da luz solar para garantir estoques adequados desta vitamina no organismo. Daí a importância da suplementação para as pessoas na terceira idade.
A ação mais conhecidas da vitamina D ocorre no sentido de promover a mineralização óssea. Somente através dela é que conseguimos absorver o cálcio dos alimentos que ingerimos e o depositamos eficientemente nos ossos. Esse efeito garante o crescimento das crianças e dos adolescentes e ossos fortes e ricos em cálcio em todas as idades.

SAIBA MAIS:

quinta-feira, outubro 20, 2011

Osteoporose e exercício físico

Embora em termos de saúde pública, em muitos paises, existam doenças mais importantes do que a osteoporose, é um fato que considerável parcela da população dessas nações apresenta ou virá a apresentar consequências mais ou menos graves da diminuição da massa óssea. Estima-se que nos Estados Unidos da América do Norte o número de pessoas com osteoporose esteja entre 15 e 20 milhões, levando à uma incidência anual média de 1,3 milhões de fraturas, com o custo aproximado de 3,8 bilhões de dólares. A idade crítica para as mulheres, com relação à osteoporose, é a menopausa, e para os homens, os 80 anos. A perda óssea em mulheres começa aos 35 anos e progride 1% ao ano até a menopausa. Nos 4 à 5 anos após o término das menstruações, as mulheres perdem de 2 à 4 % ao ano, e depois voltam aos níveis de perda em torno de 1 % ao ano. Nos homens a perda começa aos 45 anos e é cerca de 0,5 % ao ano, continuadamente. A importância clínica da osteoporose está no aumento da incidência de fraturas. A osteoporose tipo I (pós-menopausa) manifesta-se com fraturas principalmente de rádio e vértebras. A osteoporose tipo II (senil) manifesta-se mais com fratura do colo do fêmur, em pessoas acima dos 60 anos. Aos 70 anos de idade, 25 % das mulheres apresentam fraturas de corpos vertebrais, às vezes assintomáticas.

A massa óssea depende de fatores genéticos, nutricionais, hormonais e ambientais, sendo críticos os níveis de atividade física (Christiansen, 1995; Johnston, 1995; Kreipe, 1995; Silver & Einhorn, 1995; Zigler et al, 1995). Algumas pessoas, geralmente mulheres brancas, apresentam geneticamente poucos receptores para vit. D, o que leva à absorção intestinal de cálcio diminuida. Nessas pessoas a ingestão ideal de cálcio e vit. D pode ser importante para a manutenção da massa óssea, particularmente das primeiras duas décadas de vida. Nesse período atinge-se a máxima massa óssea possivel, que posteriormente tende a diminuir. Níveis adequados de atividade física na juventude também são importantes para que as pessoas alcancem uma boa massa óssea máxima, que se admite ser o parâmetro mais importante para se prever a osteoporose futura. Na meia idade, a baixa ingestão de cálcio e a falta de atividade física levam à diminuição progressiva da massa óssea. Na menopausa o fator crítico é a queda dos níveis de estrógeno, o que diminui a absorção intestinal de cálcio e aumenta a sensibilidade dos óssos à ação de absorção do paratormônio. Como os homens costumam manter atividade física de maneira mais consistente do que as mulheres, e como não há queda abrupta na produção dos hormônios sexuais, os problemas da osteoporose aparecem em idade mais avançada no sexo masculino. Para as mulheres na menopausa, a maior parte dos estudiosos do tema preconizam atualmente a reposição hormonal, exercícios físicos e ingestão adequada de cálcio e vitaminna D.

Diagnosticada a osteoporose, o tratamento geralmente inclui drogas como a calcitonina, o fluoreto de sódio, os bifosfonatos, e outras, dependendo da condição ser do tipo I ou II e em casos de insuficiência de vitamina D, a exposição ao sol ou suplementação de vitamina D.

Como vimos, os exercícios físicos (Fielding, 1995; Kohrt, 1995; Lohman et al, 1995; Martin & Houston, 1987; Smith & Raab, 1986; Stone, 1988) fazem parte tanto da profilaxia da osteoporose, na juventude e na idade adulta, como também do tratamento. A exata maneira pela qual os exercícios físicos exercem estímulos ao aumento da massa óssea ainda não está esclarecida. Sabe-se que dois fatores são importantes: a tensão dada pelo suporte de cargas e a contração muscular, sendo o primeiro mais atuante do que o segundo. Pessoas acamadas que realizavam 4 horas diárias de exercício intenso em cicloergômetro, deitados de costas, não conseguiram reverter a perda óssea da inatividade. Por outro lado, pessoas nas mesmas condições que conseguiam permanecer em pé durante 3 horas diárias, impediram a perda óssea. Estudos com atletas também permitiram algumas observações importantes: o aumento da densidade óssea ocorre nas regiões estimuladas por sobrecarga gravitacional ou por contrações musculares razoavelmente intensas. Verificou-se que a natação produz massa óssea ligeiramente acima do normal, discretamente superada por "jogging" e caminhadas. Futebolistas e corredores de velocidade vem a seguir, com maior massa óssea. Acima desses atletas aparecem os corredores de longa distância, e com ainda maior massa óssea, os atletas treinados com pesos. Os mais altos níveis de densidade óssea ocorrem entre levantadores de peso. Essas observações permitem concluir que os efeitos osteogênicos dos exercícios parecem ser máximos nos esforços curtos de alta intensidade ou nos esforços moderados de longa duração. Atividades muito suaves ou sem ação da gravidade não produzem aumento significativo de massa óssea. A possibilidade de que fatores genéticos e nutricionais fossem variáveis de confusão na comparação entre atletas e sedentários parece ser anulada pela observação de que tenistas e outros atletas com padrão assimétrico de desempenho, apresentam maior massa óssea no membro dominante. Tenistas chegam a apresentar 30 % mais espessura na cortical dos ossos do braço e ante-braço dominantes em relação ao lado oposto. Maior densidade óssea no ante-braço ocorre apenas nas atividades que envolvem esforços intensos com as mãos.

Atualmente sabe-se que os execícios com pesos não são apenas os mais eficientes para aumentar a massa óssea, mas também para aumentar a massa e a força dos músculos esqueléticos. Adicionalmente, melhoram a flexibilidade e a coordenação, evitando quedas em pessoas idosas, que poderiam produzir fraturas em ossos osteoporóticos. Outra qualidade dos exercícios com pesos que justifica a sua utilização nas faixas etárias onde a osteoporose constitui problema, é a sua segurança. A incidência de lesões é muito reduzida em função da ausência de choques entre pessoas, de movimentos violentos, e mínimo risco de quedas. Também se demonstrou que a segurança cardiológica nos exercícios com pesos bem orientados é superior à de exercícios de média intensidade realizados de maneira contínua, onde o aumento da frequência cardíaca pode ser fator patogênico importante.

Resumindo a situação dos exercícios físicos em relação à osteoporose: a sua importância é grande tanto para a profilaxia quanto para o tratamento dessa condição. A sua utilização deve ocorrer desde a infância, nos anos onde se atinge a massa óssea máxima. Por mecanismos ainda pouco esclarecidos, os exercícios mais eficientes são os que implicam em suporte de cargas e contrações musculares fortes. Dentre esses tipos de exercícios, os mais seguros e práticos são os exercícios com pesos.

SAIBA MAIS:
Doença Reumática, Exercício Físico e Vitamina D: http://professorvitor.blogspot.com/2011/10/doenca-reumatica-exercicio-fisico-e.html
Vitamina D: Uma nova epidemia? http://professorvitor.blogspot.com/2011/10/vitamina-d-uma-nova-epidemia.html
Dores Musculares na Fibromialgia: http://professorvitor.blogspot.com/2011/09/dores-musculares-na-fibromialgia.htm

quinta-feira, outubro 06, 2011

Vitamina D: Uma nova epidemia?


A vitamina D é essencial para a absorção do cálcio e por isso influência diretamente no metabolismo  e  composição  da matriz  óssea.  Ela  é  sintetizada  pela  pele  a  partir  dos raios ultravioleta  e podem  ser  também  adquiridas  com  a  alimentação. Vários  fatores influenciam a concentração de vitamina D no plasma, dentre estes estão a incidência de radiação  solar,  que  varia  com  a  latitude  e  com  a  estação  do  ano,  a  cor  da  pele, obesidade, os hábitos culturais de cada população como a vestimenta e a alimentação, a gravidez  e o  envelhecimento. Tais  fatores  são  importantes para  explicar as diferentes prevalências mundiais de hipovitaminose D. No Brasil, os estudos sobre a deficiência de  vitamina  D  são  escassos,  apesar  dessa  situação  apresentar  graves  repercussões, como raquitismo em crianças, osteomalacia e osteopenias em idosos, que pode levar a ocorrência  de  fraturas,  condição  freqüente  nessa  faixa  etária.  Por  outro  lado, concentrações  adequadas  de  vitamina  D  podem  estar  relacionadas  com  menor incidência de câncer, como o da próstata, da mama e do cólon.itamina D é um hormônio esteróide sintetizado na pele por ação da radiação ultravioleta, podendo também ser ingerida na alimentação.
A deficiência de vitamina D, como doença, teve sua prevalência muito aumentada após a revolução industrial, como causa de raquitismo em crianças e osteomalacia em adultos. Nessas desordens, a mineralização da matriz orgânica do osso é deficitária, pois a falta dessa vitamina causa a diminuição da absorção de cálcio e conseqüente hiperparatireoidismo secundário. Estudo recente também evidenciou que níveis de 25(OH)-vitamina-D são inversamente associados a hipertensão arterial.
Algumas populações estão mais sujeitas a apresentar hipovitaminose D que outras. Assim como a exposição aos raios ultravioleta solares é essencial para a formação da vitamina D, a exposição reduzida é um dos principais fatores de risco para hipovitaminose D. A estação do ano é um forte determinante da condição de hipovitaminose D e a latitude embora seja um fator evidente é menos importante como causa de deficiência e insuficiência de vitamina D.
Fatores culturais que influenciam na exposição ao sol são muito importantes até mesmo em regiões tropicais. Estudos realizados em regiões de baixa latitude como no Oriente Médio demonstraram uma alta prevalência de hipovitaminose D variando de 50 a 97%, sendo estes dados relacionados ao hábito cultural do uso de roupas cobrindo todo o corpo.
clique na figura abaixo e saiba mais sobre a Vitamina D:
O envelhecimento parece ser o maior fator de risco para diminuição da vitamina D. Em um estudo realizado pela UNIFESP observou-se, em pacientes idosos, institucionalizados e ambulatoriais, uma prevalência de 71,2% e 43,8%, respectivamente, de hipovitaminose D.
Segundo esse estudo, os resultados estariam relacionados à capacidade reduzida da pele de sintetizar pró-vitamina D, menor exposição ao sol, alimentação inadequada, menor absorção gastrintestinal e uso de muitos fármacos que interferem na absorção e metabolismo da vitamina D. Na ausência de níveis ideais de cálcio e fósforo, a mineralização do tecido osteóide é diminuída, resultando em sinais clássicos de raquitismo em crianças e osteomalacia em adultos.
O progresso da deficiência de vitamina D leva a um aumento da estimulação da glândula paratireóide, resultando em hiperparatireoidismo secundário. O hormônio da paratireóide estimula, indiretamente, os osteoclastos, causando osteopenia e osteoporose e aumentando o risco de fraturas.
A deficiência de vitamina D é uma entidade clínica muito prevalente em praticamente todos os continentes. Estima-se que 1 bilhão de pessoas em todo o mundo tem deficiência ou insuficiência de vitamina D, sendo esta mais observada em afro-descendentes do que em brancos, devido à maior pigmentação da pele que age como um filtro para os raios UV; em obesos, em decorrência do seqüestro de vitamina D pelo tecido adiposo; em regiões de maiores latitudes, por serem menos ensolaradas durante a maior parte do ano; nas estações do ano que apresentam menor incidência de raios solares, como outono e inverno; em povos que apresentam hábitos culturais como dieta pobre em vitamina D e uso de vestimentas que cobrem a maior parte do corpo. No Brasil, pela sua localização geográfica em zona tropical, apresenta hipovitaminose D que parece estar mais associada ao envelhecimento, em decorrência da limitada exposição aos raios solares, dieta inadequada e uso de muitos fármacos que comprometem a absorção e o metabolismo da vitamina D.
Dentre as conseqüências mais comuns da deficiência orgânica de vitamina D estão as deformidades ósseas que, na infância, caracterizam o raquitismo e, no adulto, a osteomalácia. O hiperparatireoidismo secundário à hipovitaminose D é responsável pela osteopenia e osteoporose, causas importantes de fraturas em adultos. Dados recentes sugerem a associação de baixos níveis plasmáticos de 25(OH)D com a incidência elevada de câncer de mama, próstata e cólon.

SAIBA MAIS:
Doença Reumática, Exercício Físico e Vitamina D: http://professorvitor.blogspot.com/2011/10/doenca-reumatica-exercicio-fisico-e.html
Osteoporose e Exercícico Físico: http://professorvitor.blogspot.com/2011/10/osteoporose-e-exercicio-fisico.html
Dores Musculares na Fibromialgia: http://professorvitor.blogspot.com/2011/09/dores-musculares-na-fibromialgia.htm