A vitamina D é essencial para a absorção do cálcio e por isso influência diretamente no metabolismo e composição da matriz óssea. Ela é sintetizada pela pele a partir dos raios ultravioleta e podem ser também adquiridas com a alimentação. Vários fatores influenciam a concentração de vitamina D no plasma, dentre estes estão a incidência de radiação solar, que varia com a latitude e com a estação do ano, a cor da pele, obesidade, os hábitos culturais de cada população como a vestimenta e a alimentação, a gravidez e o envelhecimento. Tais fatores são importantes para explicar as diferentes prevalências mundiais de hipovitaminose D. No Brasil, os estudos sobre a deficiência de vitamina D são escassos, apesar dessa situação apresentar graves repercussões, como raquitismo em crianças, osteomalacia e osteopenias em idosos, que pode levar a ocorrência de fraturas, condição freqüente nessa faixa etária. Por outro lado, concentrações adequadas de vitamina D podem estar relacionadas com menor incidência de câncer, como o da próstata, da mama e do cólon.itamina D é um hormônio esteróide sintetizado na pele por ação da radiação ultravioleta, podendo também ser ingerida na alimentação.
A deficiência de vitamina D, como doença, teve sua prevalência muito aumentada após a revolução industrial, como causa de raquitismo em crianças e osteomalacia em adultos. Nessas desordens, a mineralização da matriz orgânica do osso é deficitária, pois a falta dessa vitamina causa a diminuição da absorção de cálcio e conseqüente hiperparatireoidismo secundário. Estudo recente também evidenciou que níveis de 25(OH)-vitamina-D são inversamente associados a hipertensão arterial.
Algumas populações estão mais sujeitas a apresentar hipovitaminose D que outras. Assim como a exposição aos raios ultravioleta solares é essencial para a formação da vitamina D, a exposição reduzida é um dos principais fatores de risco para hipovitaminose D. A estação do ano é um forte determinante da condição de hipovitaminose D e a latitude embora seja um fator evidente é menos importante como causa de deficiência e insuficiência de vitamina D.
Fatores culturais que influenciam na exposição ao sol são muito importantes até mesmo em regiões tropicais. Estudos realizados em regiões de baixa latitude como no Oriente Médio demonstraram uma alta prevalência de hipovitaminose D variando de 50 a 97%, sendo estes dados relacionados ao hábito cultural do uso de roupas cobrindo todo o corpo.
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O envelhecimento parece ser o maior fator de risco para diminuição da vitamina D. Em um estudo realizado pela UNIFESP observou-se, em pacientes idosos, institucionalizados e ambulatoriais, uma prevalência de 71,2% e 43,8%, respectivamente, de hipovitaminose D.
Segundo esse estudo, os resultados estariam relacionados à capacidade reduzida da pele de sintetizar pró-vitamina D, menor exposição ao sol, alimentação inadequada, menor absorção gastrintestinal e uso de muitos fármacos que interferem na absorção e metabolismo da vitamina D. Na ausência de níveis ideais de cálcio e fósforo, a mineralização do tecido osteóide é diminuída, resultando em sinais clássicos de raquitismo em crianças e osteomalacia em adultos.
O progresso da deficiência de vitamina D leva a um aumento da estimulação da glândula paratireóide, resultando em hiperparatireoidismo secundário. O hormônio da paratireóide estimula, indiretamente, os osteoclastos, causando osteopenia e osteoporose e aumentando o risco de fraturas.
A deficiência de vitamina D é uma entidade clínica muito prevalente em praticamente todos os continentes. Estima-se que 1 bilhão de pessoas em todo o mundo tem deficiência ou insuficiência de vitamina D, sendo esta mais observada em afro-descendentes do que em brancos, devido à maior pigmentação da pele que age como um filtro para os raios UV; em obesos, em decorrência do seqüestro de vitamina D pelo tecido adiposo; em regiões de maiores latitudes, por serem menos ensolaradas durante a maior parte do ano; nas estações do ano que apresentam menor incidência de raios solares, como outono e inverno; em povos que apresentam hábitos culturais como dieta pobre em vitamina D e uso de vestimentas que cobrem a maior parte do corpo. No Brasil, pela sua localização geográfica em zona tropical, apresenta hipovitaminose D que parece estar mais associada ao envelhecimento, em decorrência da limitada exposição aos raios solares, dieta inadequada e uso de muitos fármacos que comprometem a absorção e o metabolismo da vitamina D.
Dentre as conseqüências mais comuns da deficiência orgânica de vitamina D estão as deformidades ósseas que, na infância, caracterizam o raquitismo e, no adulto, a osteomalácia. O hiperparatireoidismo secundário à hipovitaminose D é responsável pela osteopenia e osteoporose, causas importantes de fraturas em adultos. Dados recentes sugerem a associação de baixos níveis plasmáticos de 25(OH)D com a incidência elevada de câncer de mama, próstata e cólon.
SAIBA MAIS:
Doença Reumática, Exercício Físico e Vitamina D: http://professorvitor.blogspot.com/2011/10/doenca-reumatica-exercicio-fisico-e.html
Osteoporose e Exercícico Físico: http://professorvitor.blogspot.com/2011/10/osteoporose-e-exercicio-fisico.html
Dores Musculares na Fibromialgia: http://professorvitor.blogspot.com/2011/09/dores-musculares-na-fibromialgia.htm
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